Você já pensou que pode construir a sua felicidade? Que ela é possível e está ao seu alcance? Talvez não, mas agora com o livro de Adalberto Fagundes, teólogo, e mestre e doutor em Divindade pela Cohen University Theological & Seminary, em suas mãos, você aprenderá algumas lições essenciais para a construção da felicidade na sua vida.
Nesta apresentação eu me lembro de um psicólogo por quem tenho simpatia, Pete Cohen. Para ele, a felicidade pode ser resumida numa fórmula: P + (5xE) + (3xH). Não, não desista de ler. É fácil de entender. Essa equação pode ser traduzida assim: "P" são as pessoas. As características pessoais incluem a adaptabilidade, a capacidade de manter a esperança, a fé diante das adversidades, e as perspectivas de vida. A este "P", que somos nós, se somam aspectos existenciais, como as amizades, a estabilidade financeira e a saúde (E). A auto-estima, as expectativas, o senso de humor e os sonhos (H) também estão presentes, mas em menor escala.
Segundo Pete Cohen, não sabemos muito bem o que é a felicidade. Achamos, na maioria dos casos, que ser feliz é ter um carro do ano, muito dinheiro ou uma mansão. Mas ter coisas não faz uma pessoa mais feliz do que aquela que vive a vida com intensidade.
Por isso, o apóstolo Paulo nos ensina que devemos mudar nossa maneira de pensar. “Deixem que Deus os transforme por meio de uma completa mudança da mente de vocês. Assim, vocês conhecerão a vontade de Deus, isto é, aquilo que é bom, perfeito e agradável a ele”. Romanos 12.2.
Buscar a felicidade implica mais que nada em mudar nossa maneira de ver o mundo. A felicidade na também tem que ser aprendida, cultivada e valorizada. Mas, para se viver a felicidade é preciso experimentar também circunstâncias e emoções adversas, como a tristeza, por exemplo. Quando você busca a felicidade deve superar desafios, conhecer suas limitações e tirar da vida aquilo que ela oferece de possibilidades.
Devemos então, mais uma vez, mudar a maneira de ver o mundo, e mudar também a nossa maneira de viver. Jesus disse que não devemos ficar “preocupados com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã trará suas próprias preocupações. Para cada dia bastam suas próprias dificuldades”. Mateus 6.34.
Essas lições fundamentais você encontra neste texto do professor Adalberto Fagundes. Aliás, ele não é somente um teórico, mas um homem de fé que aprendeu a construir a felicidade com a travessia de momentos duros e difíceis. Filho de migrantes do sul da Bahia, que partiram para São Paulo fugindo da fome, fez durante trinta e um dias o caminho do êxodo viajando em pau-de-arara.
Por isso, quando ele diz "negar-se a mudar é o mesmo que negar o processo natural do desenvolvimento do indivíduo", nós acreditamos. E quando nos ensina que "os que sofrem da síndrome de Gabriela apresentam um tipo de deformidade e constroem um mundo sem perspectiva de desenvolvimento, mergulham num ostracismo, confinando sua vida em um gueto pessoal sem saber que há um mundo lá fora cheio de conhecimentos capaz de contribuir positivamente na construção das mudanças necessárias que nosso ser precisa e carece para se desenvolver", nós acreditamos.
Para Adalberto Fagundes, o dilema de ficar como está ou decidir mudar, foi magnificamente exposto pelo poeta Fernando Teixeira de Andrade, quando disse, "há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousámos a fazê-la, teremos ficado, para sempre, às margens de nós mesmos".
Ou seja, "abrir-se para as mudanças e acreditar que elas são tangíveis é sinal de crescimento, este será acompanhado pelo medo, entretanto a presença do medo, que é natural, pode ser controlado e visto mais como prudência e menos como um elemento determinante e impeditivo à mudança tão necessária. É necessário mudar, é preciso rever as coisas é pertinente olhar para frente, fazer as pazes com o passado e acreditar que, se lutarmos por mudanças, elas serão alcançadas, assim como já foi dito. Veja a intensidade que Martim Luther King Jr. empregou naquilo que acreditava que precisava mudar: 'Senão puder voar, corra. Senão puder correr, ande. Se não puder andar, rasteje, mas continue em frente de qualquer jeito'".
E tal realidade me traz à memória um poema que escrevi em Florença, terra de artes e revoluções.
Sejamos felizes!
Por que eu tenho que escrever tudo?
Tudo?
Não tudo!
Tudo é muita coisa!
Talvez apenas sobre Florença no dia depois da festa de São Pedro em Roma
Faz calor, quase quarenta
Claire Tenet, soprano, grazie, sonhos de imagens sobre os sons da velha Igreja
Via Por Santa Maria, ponte Vecchio
Fagotes abrindo o caminho para violinos, sinfonia Prokofiev n º 7
O ombro é tocado por um anjo que me diz desperta do sono sem acordar as folhas ao redor
Os tubos em um crescendo
O corpo pesa o peso e acho que abrucezzo
Isso é tudo?
Tudo é muita coisa!
Dante, onde está Dante?
Está aqui, voou com seus amigos para dentro de nossas almas em um amanhecer mineiro
Sangram os sonhos greco-latinos, sonhos possuídos pelo violoncelo sem limites
Os sons sāo sinos da noite
E viva Florença
Augusta e bela
E assim chegamos, como diz Adalberto Fagundes em seu livro, "ao ponto onde ficou claro que estamos num processo de mudanças. Inclusive o que pensamos de nós mesmos, que por sua vez, é uma das auto reflexões mais importantes de devemos nos submeter. Isto posto, justifica o provérbio bíblico utilizado no início deste capítulo: “...como ele pensa consigo mesmo (ou de si mesmo), assim ele é.” (Provérbios 23.7a). Como você se vê? Você se vê um ser completo? Em transformação? Pois é! O ponto de partida da grande virada em nossa vida é sermos apresentados a nós mesmos, onde realmente estamos e, o quê, de fato pensamos de nós mesmos".
Li e recomendo. Vocês vão crescer, você verá as possibilidades da felicidade a cada manhã, pois o maior mal de cada dia é não entender que o dia de hoje é um dia novo. Todas as possibilidades se fazem novas ao raiar deste novo dia. Venha aprender a viver, nesta eletrizante leitura. E vamos, assim, juntos abrir a vida para os milagres do Eterno a cada novo dia.
Do professor e amigo, Jorge Pinheiro.